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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Minhas vestes...


Nunca vesti carapuças. Nunca me serviram. Apesar de perder o ar, mas só às vezes, nunca me aventurei de verdade, a não ser nos sonhos e pensamentos.

Tudo não passa de ilusão. Me iludo, deslumbro, me cubro, escondo. Não posso pular! Tenho medo de nem chegar no chão, por imaginar um voo que nem existe.

Nunca vesti-me de medo. Não faz meu tipo. Mesmo que o escuro, a altura, o bicho, as pessoas ou a morte metam medo, nunca me receio, a não ser quando na TV, a trilha sonora do plantão global ultrapassa os decibéis normais, enquanto estou saboreando um café na copa, porém, é mais assustador do que medonho.

Nunca me vesti de pudores. Nunca me passou pela cabeça. Apesar de guardarmos em nossos armários, nos fundos das últimas gavetas, preconceitos ou conceitos sobre algo ou outrem, ou quem sabe eu deva ter ensaiado uma pequena experimentação em frente ao espelho, mas, graças ao bom Deus, pudores não me servem. Na verdade, continuam naquela gaveta.

As vestes, muitas vezes, podem dizer muito sobre alguém. Algumas pessoas se escondem, fingem estar nuas, enquanto suas burcas as arrastam pelos centros. As vestes do medo, do preconceito, das carapulsas, podem levar a morte o mais saudável dos seres.

Ahhh! Meu Deus!!! Uma barata...
#CorroProBanheiro

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