Entre a Gueixa e a Baiana existe o dendê, o saquê e alguns bons
quilômetros. Nada muito impressionante.
Porém, tudo que envolve a Gueixa, nos deixa mais curiosos, desde seus
passinhos curtos, seus pezinhos pequenos, até suas atividades após os jantares.
Mas
a Baiana, nada misteriosa, desce a ladeira como se fosse a primeira a encantar, a cantar, dançar e
parece ser Deusa, como Sá Marina de Simonal, fazendo o povo
inteiro cantar.
Entre a Gueixa e a Baiana está o traje. O acarajé. Os palitinhos. O
pelourinho. Iroshima...
Parece nem fazer sentido! Mas para mim é tão claro que
parece que o mundo se juntou e tudo não passa de percepções.
Mal sabem os mais polidos e trabalhados na inteligência suprema, que o que
junta as pessoas é justamente a distância, que o que aproxima os seres é a falta que o outro faz e que a saudade nada mais é que uma palavra
que a língua portuguesa se apossou tão bem, que ninguém em outra parte do mundo tem o
que a Baiana tem. Saudade!
Mas ninguém sente o que a Gueixa sente. E eu nem
sou louca de arriscar, mesmo sentindo algo parecido!
Mas, para sua informação, posso lhe dizer que entre a
Gueixa e a Baiana estão os oceanos, as pessoas, mais muros, precipícios, ruas,
becos, fazendas e mais nada, nada, nada e nada.
Como entre eu e você...
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